Eu sou popular. Você erudito. No nosso encontro nos tornamos uma sinfonia. Você é o maestro e eu instrumentista. Com o mover das suas mãos, a batuta nos ares, você me conduz à nota mais aguda. Nenhum outro consegue regência tão eficaz.
Os concertos tiveram uma breve pausa e até pensei que nunca mais voltariam. A canção proibida ainda era sua fonte de inspiração. Eu não sabia. Somente pela lembrança da sua maestria consegui, sozinha, subir alguns tons e fazer notas agudas. Seus ouvidos se agradariam em ouvi-las. E agora que terminou a pausa você retorna querendo retomar o concerto. Tivemos um ensaio. Eu tentando tocar outras canções e você insistindo na que é ilegal. Clandestinidade.
Longe de ti eu sou solista. Leio outras partituras e tento encontrar uma parte tua. A canção proibida só é tocada sem alarde, atrás das cortinas. Dispensa plateia. Agora eu te escrevo para que você saiba que depois daquele ensaio eu vibrei por dentro como as cordas do meu instrumento. O reencontro foi a prova de que a musicalidade que há em nós e que nos mantém atados nunca para. É um jeito de fazer o show continuar.
Longe de ti eu sou solista. Leio outras partituras e tento encontrar uma parte tua. A canção proibida só é tocada sem alarde, atrás das cortinas. Dispensa plateia. Agora eu te escrevo para que você saiba que depois daquele ensaio eu vibrei por dentro como as cordas do meu instrumento. O reencontro foi a prova de que a musicalidade que há em nós e que nos mantém atados nunca para. É um jeito de fazer o show continuar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário